UMA VERDADEIRA EXPLOSÃO RURAL

Por Graciano Caseiro


A verdadeira explosão de crescimento que o Rio da Prata de Campo Grande experimentou nas últimas décadas está a pedir um balanço que ainda não foi sequer ventilado pelas autoridades municipais. Com as transformações da agricultura tradicional em agricultura sem agrotóxico, através da Associação dos Agricultores Orgânicos da Pedra Branca, conhecida comercialmente como AGROPRATA, e do comércio local, com aproximadamente mais a 50 bares e restaurantes, além, de espaços ou salão de festas, eventos como a Festa do Caqui do Rio da Prata que ocorre sempre no início do mês de Maio, e as comunidades ou cidades-bairros vizinhos também se modificaram, provocando uma verdadeira "explosão" urbana. Como explicar e de que forma se originou essa "explosão" e, que transformações, ocorreram nessa época na vida econômica e social da Cidade Maravilhosa. Essa ''explosão urbana'' foi provocada pela Revolução Imobiliária na região. Ela provocou um êxodo rural, ou seja a migração intensa do campo em direção as cidades, esses trabalhadores iriam trabalhar nas indústrias e nos comércios da cidade. Nesta época pela primeira vez, a população urbana é maior que a rural e surgem também graves problemas sociais como a fome, aumento do alcoolismo e desemprego crônico. Algo que também é novo. A partir desses trabalhadores rurais contariam com um elemento que representasse seus interesses e que se moveriam no sentido de consolida-los nas lavouras do Rio da Prata.


Chega a ser chocante o contraste aqui existente entre os espaços agrícolas, privados e as áreas públicas. Os comerciantes do bairro - dentro da velha e sábia lógica de que o freguês tem sempre razão - procuram modernizar os seus estabelecimentos para atenderem cada vez melhor. E o poder público? A impressão que se tem é que o chamado Choque de Ordem, é não mudar a vida para melhor, e ao chegar por aqui, passou a representar apenas tumulto no trânsito, a noite ..."os ir e vir dos moradores da região ficou cada vez pior", e o calçadão da Rua Barcelos Domingos virou um caos de camelôs noturnos, sem a efetividade que a população poderia esperar de um verdadeiro programa de ordem urbana. Até aqui, temos visto que as ações de maior alcance e profundidade – decorridos dez meses da administração Crivella - restringem-se a Barra da Tijuca e Recreio. Em função disso, surge a pergunta que não quer calar: Em que região da cidade o atual prefeito conseguiu garantir a sua eleição tanto no segundo quanto no primeiro turnos? Todavia, a menos que se considere a Barra como Zona Oeste – o que não é bem verdade – a nossa região continua entregue à desordem urbana, que se verifica das mais diversas formas em nossos bairros, desde o prejuízo ao elementar direito de ir e vir até a carência de saneamento básico (como atestam os dois calçadões em Campo Grande), sem falar no circo de horrores que hoje é o nosso Terminal Rodoviário, Rua Viúva Dantas e adjacências. Quando a voz do povo será ouvida? E a nossa vez, quando chegará?




O Rio da Prata tem cultura, educação ambiental, tem agricultura, turismo e comércio. Busco identificar o verdadeiro papel do agricultor rural frente ao crescimento econômico da região durante o período de 2010 a 2017, considerando a dificuldade e importância do acesso ao crédito agrícola para o desenvolvimento do setor rural aos agricultores orgânicos do Rio da Prata bem como a teorização do crédito agrícola como pedra angular do crescimento do setor de alimentação sem agrotóxico e seu efeito multiplicador. Por fim, se faz necessária a explanação conceitual do crédito agrícola, além da evolução do crédito e a produção de frutas, verduras, legumes e sementes para uma futura plantação. 

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